Pequenos Hábitos Grandes Mudanças. Faz 1% melhor Todos os dias.
Se queres atingir a excelência, cultivar bons hábitos é essencial.
A
proposta deste livro que eu aqui faço um resumo, é funcionar como um manual de operação, e não servir como
uma referência académica.
A
ideia central é sintetizar as principais descobertas que os cientistas fizeram
sobre o tema e sugerir ações com base num modelo de quatro fases: gatilho, desejo, resposta e recompensa;
considerando tanto os estímulos externos quanto os internos que levam ao
estabelecimento dos hábitos.
Capítulo 1: O poder dos Hábitos
Atômicos
Melhorar
um pouco a cada dia que passa, de forma consistente leva a uma melhoria
significativa ao longo do tempo.
Ser
1% melhor por dia durante um ano em algo, faz 37,78 vezes melhor no final
desse ano, pois os hábitos são os juros compostos do auto desenvolvimento.
(1,01ˆ365 = 1,3778).
E o
caminho para conseguir colher esses resultados é focar nos processos que levam
aos objetivos e não nos objetivos em si.
Capítulo 2: Como os hábitos moldam a tua identidade (e vice versa)
Nossos resultados são funções das nossas práticas, que por sua vez nascem da nossa identidade a visão que temos de quem somos.
Na
medida em que acreditamos que somos algo, fica muito mais fácil agir em
consonância com essa crença, para assim gerar os resultados que queremos.
O
interessante é que a imagem que temos de nós nasce dos nossos hábitos. Esse
ciclo é paradoxal. Então, tanto podemos mudar nossa identidade a partir dos
nossos hábitos, quanto seguir o caminho inverso.
Capítulo 3: Como estabelecer melhores hábitos
em quatro passos simples.
Um
hábito é um comportamento que foi repetido de forma a gerar um resultado
positivo uma quantidade de vezes o suficiente para ser automático.
Eles
são, simplesmente, soluções confiáveis para problemas recorrentes no ambiente.
E têm uma estrutura simples: um gatilho gera desejo, que por sua vez leva a um
comportamento, que se bem-sucedido gera uma recompensa.
Para estabelecer um hábito:
1. Faça o gatilho óbvio;
2. Faça a situação desejável;
3. Faça o comportamento fácil;
4. Faça a recompensa satisfatória.
Para quebrar um hábito:
1. Faça o gatilho invisível;
2. Faça a situação indesejável;
3. Faça o comportamento difícil;
4. Faça o resultado insatisfatório.
Capítulo 4: O homem que não parecia
certo.
A
mente humana é uma máquina de fazer previsões. Ela está sempre analisando o
ambiente e informações que possam indicar situações que queiram uma
reação. E em grande parte das vezes faz isso abaixo do nível consciente e está
no nosso subconsciente.
Cada
vez que percebe uma pista, ativa um gatilho que leva a um comportamento
específico automático, ou seja um hábito.
Então
o primeiro passo para lidar com os hábitos é entender quais são os seus
comportamentos que estão automatizados e avaliá-los como desejáveis, neutros ou
indesejáveis, dentro da perspetiva do seu benefício a longo prazo.
Capítulo 5: A melhor forma de começar
um novo hábito
Existem
muitos tipos de gatilhos, mas os mais comuns são tempo e lugar.
Centenas
de estudo confirmam que estabelecer intenções de ação definindo o quando e
onde, aumentam significativamente a forma de uma pessoa agir em consonância com
seus objetivos.
Quando
usamos as intenções de ação encadeadas umas nas outras, fazendo com que hábitos
anteriores sejam gatilhos de hábitos posteriores construímos rotinas mais
eficazes, num fenómeno que chamamos de “Empilhamento
de Hábitos”.
Capítulo
6: A supervalorização da motivação: o ambiente importa mais
O
ambiente é a mão invisível que molda o comportamento humano.
Lutar
contra os gatilhos do ambiente é extremamente desgastante e infrutífero a longo
prazo. É muito mais efetivo transformar-se no arquiteto do seu ambiente de
forma que ele destaque os gatilhos que precisa e esconda os gatilhos associados
a comportamentos indesejados.
Importante
notar que. Ao longo do tempo alguns contextos podem funcionar como gatilhos
extremamente poderosos. Por isso, separar ambientes onde você deseja ter
comportamentos específicos é produtivo. E isso vale também para os aplicativos
do seu smartphone, que podem estar agrupados de forma a estimular os
comportamentos que você acredita lhe serem mais benéficos.
Capítulo 7: O segredo do autocontrolo
Quando
os cientistas analisam pessoas com grande autocontrolo eles vêm que esses
indivíduos são bons em estruturar o seu ambiente de forma a não requerer grande
força de vontade, manipulando os seus gatilhos de forma favorável ao
comportamento que querem apresentar.
Pois
uma das formas mais efetivas de quebrar um hábito é ir na fonte e diminuir a
exposição ao gatilho.
Capítulo 8: Como fazer um hábito ser
irresistível
O
cérebro humano tem processos diferentes para o desejo e o prazer (querer e
gostar). Existem muito mais estruturas cerebrais destinadas à produção do
desejo do que para aproveitar o que desejamos.
Por
isso, muitas vezes a nossa excitação com a possibilidade de fazer algo é maior
que a satisfação de realmente fazer. E essa excitação é ativada em nosso
cérebro através de gatilhos no ambiente que sinalizam a possibilidade de termos
alguma recompensa.
Então
um truque possível é associar algo que você já deseja com um hábito que você
quer estabelecer, como por exemplo, assistir séries enquanto pedala na
bicicleta ergométrica.
Capítulo 9: O papel da família e amigos
na estruturação dos hábitos
Humanos
são animais sociais. Queremos o respeito e aprovação das outras pessoas. Está
em nosso material genético, pois disso dependeu a sobrevivência de nossos
ancestrais.
Por
isso nós imitamos os hábitos de três grupos em particular: os próximos, a massa
e os poderosos.
Quanto
mais somos próximos de alguém, mais tendemos a reproduzir os seus comportamentos,
então uma boa estratégia é nos aproximarmos de pessoas com os hábitos que
queremos cultivar.
Outro
indicador de comportamento apropriado é a forma com age a maioria,
principalmente quando não temos certeza sobre o que fazer, o que geralmente é
uma estratégia eficaz, embora eventualmente o tiro saia pela culatra. Então
precisamos estar atentos para os hábitos generalizados que não queremos
cultivar.
O
terceiro parâmetro social vem dos poderosos, pois se eles foram bem-sucedidos
assumimos, as vezes inconscientemente, que esse é o melhor caminho. Então,
dirigir nosso olhar para aqueles que têm os hábitos que queremos ter, pode
ajudar.
Capítulo 10: Como encontrar e consertar
as causas dos seus maus hábitos
Todo
comportamento tem por trás um motivo ligado à nossa essência humana, como por
exemplo: economizar energia, conseguir alimentar-se, ser amado, reproduzir,
estabelecer laços sociais, ser aprovado, reduzir riscos, ter status e
prestigio.
O
desejo é só a manifestação específica de um desses motivos. E essa manifestação
aparece porque são soluções que você aprendeu como bem-sucedidas para os
motivos fundamentais da existência, mas não são necessariamente os melhores.
Tudo
começa com uma lacuna entre o estado que você está e o estado que seu corpo
acha que você deveria estar. Em seguida você age de forma a resolver essa falta.
Se tal ação levar a um resultado positivo em momentos diferentes, seu cérebro
automatiza esse comportamento e ele se transforma num hábito.
Capítulo 11: Ande devagar, mas nunca
para trás
A
formação de um hábito acontece quando um comportamento é automatizado pela
repetição do seu ciclo: gatilho, desejo,
ação e recompensa.
Só a
repetição transforma o comportamento em hábito. E não existe um número de
repetições definida. Depende da pessoa e da circunstância.
Mas
uma coisa é certa: quanto mais fácil for repetir, maior é a probabilidade do
comportamento se transformar num hábito.
Capítulo 12: A lei do menor esforço
A
sabedoria convencional diz que a chave para a mudança de hábito é a motivação,
mas a verdade é que a minimização do esforço é o que faz a diferença.
O
ser humano foi programado durante décadas para economizar energia como
estratégia para a sobrevivência. Então se você quer construir um hábito
descubra como realizar o que quer com o menor esforço possível.
Construa
hábitos com base no fluxo natural da sua vida. É nisso, por exemplo, que se
baseiam as bem-sucedidas práticas de gestão japonesa, onde o grande objetivo é
minimizar as áreas de fricção num processo de evolução contínua. Preparar o
ambiente de forma que ele facilite a execução de uma tarefa na hora que ela se
faz necessária, é de grande inteligência e traz ótimos resultados.
O
contrário também é verdadeiro: para eliminar um hábito, torne-o o mais difícil
possível de executar.
Capítulo
13: Como parar de procrastinar usando a regra dos Dois Minutos
Aproximadamente
50% das nossas ações em qualquer dia são automáticas. Mas essas ações são
postas em causa por comportamentos deliberados.
Quando
se decide agir em algo simples e rápido e esse algo gera um comportamento ou
uma sequência de comportamentos pode estar a caminhar rumo a um comportamento
complexo a partir de uma ação simples.
Crie
comportamentos simples e fáceis, de dois minutos, associados a comportamentos
crescentemente complexos até atingir o que gostaria.
Capítulo
14: Como fazer com que bons hábitos sejam inevitáveis e maus hábitos sejam
impossíveis
Se planear os seus passos de forma que na hora da tentação seja impossível ou,
pelo menos, muito difícil fazer a coisa errada, você aumenta significativamente
a probabilidade de sucesso.
Por
exemplo, peça para ao empregado de mesa para colocar metade do prato antes de
começar a comer e não depois. A tecnologia pode ser de grande valia nesse sentido,
automatizando a sua proteção contra aquilo que você não quer fazer, como um
aplicativo que trava suas redes sociais depois de um determinado horário.
Capítulo 15: A regra maior da mudança
de comportamento
Quando
um comportamento traz recompensa imediata ele é automatizado pelo cérebro.
Mas
geralmente os comportamentos que queremos estabelecer cobram um preço alto
agora para poder trazer a recompensa apenas no futuro.
Então,
criar recompensas (mesmo artificialmente) para os comportamentos que quer
estabelecer pode ajudar bastante. Como se fosse um programa de fidelidade para
você mesmo.
Capítulo 16: Como
manter os bons hábitos todo dia
Quando cria uma forma de medir o quanto está mantendo os hábitos,
aumenta a probabilidade de ser bem-sucedido.
Medir é uma forma de visualizar o progresso, gerar
satisfação imediata e usar os bons resultados como motivador.
Sempre que possível automatize o acompanhamento, para não
ter um trabalho adicional. E os acompanhamentos manuais devem se restringir aos
hábitos muito importantes que quer estabelecer.
E quando seu sistema de acompanhamento indicar que falhou,
absorva com tranquilidade porque não é uma falha que lhe compromete, mas a
espiral negativa que pode seguir essa falha.
Lembre-se que nem todos os métodos de acompanhamento são
quantificáveis e que não é porque algo não é quantificável que não vale a pena
acompanhar.
Capítulo 17: Como
uma parceira pode mudar tudo
Nós repetimos hábitos ruins porque eles nos servem de alguma
forma, e isso faz com que seja difícil de abandoná-lo.
A melhor forma de superá-lo é aumentar a velocidade da
punição. Não pode haver uma lacuna entre a ação e as consequências indesejadas.
Estabelecer consequências tangíveis, concretas e imediatas é
a melhor forma de influenciar o próprio comportamento.
Nesse sentido, pode ser importante ter um contrato verbal ou
escrito estabelecendo as punições e um ou mais parceiros que lhe ajudam a
acompanhar.
Capítulo 18: A
verdade sobre talentos
O segredo para ser bem-sucedido é, antes de tudo, a área
certa onde competir. E isso também serve para os hábitos.
Hábitos que estão alinhados com os seus talentos são mais
fáceis de praticar e por isso leva a uma maior probabilidade do cumprimento.
Mas é bastante difícil antecipar se uma pessoa vai ou não
ter talento para uma atividade. Então o melhor caminho é explorar o máximo de
alternativas no início e ir se aprofundando naquelas que demonstrarem maior
aderência aos comportamentos naturais da pessoa.
Capítulo 19: A
regra de deixar fluir
Quando você está desenvolvendo um hábito precisa garantir que ele fique na zona de flow: ele não deve ser difícil demais para não causar desistência e nem fácil demais para não causar desinteresse.
Afinal, para atingir a excelência é fundamental praticar,
mas quanto mais pratica, mais entediado fica. Então é importante se propor a desafios cada vez maiores, mas dentro da sua zona de possibilidade para
conseguir continuar praticando.
Capítulo 20: O
lado mau de criar bons hábitos
Quando você domina automaticamente os fundamentos de uma
atividade, passa a liberar sua mente para cuidar de detalhes mais avançados.
Por isso os hábitos são o pilar central da excelência.
Isso é bom até um certo ponto, pois depois de automatizar um
hábito pode- se perder a sensibilidade ao feedback e entra no piloto automático,
deixando de evoluir.
Alguns estudos mostram, inclusive que quando entra numa zona
de declínio lento e gradual de competência. Então, para continuar rumo á mestria,
é necessário estabelecer momentos de prática deliberada, quando o objetivo é
prestar atenção no processo de aprendizagem.
Conclusão:
Para ser bem-sucedido no estabelecimento de bons hábitos e
eliminação dos maus é fundamental estar atento a muitos detalhes simultâneos
até que aquilo que quer aconteça.
Com as reflexões baseadas nas quatro dimensões é possível
construir gatilhos óbvios, comportamentos atraentes e fáceis com resultados
satisfatórios para fazer o que você quer; e também gatilhos invisíveis,
comportamentos não atraentes e difíceis com resultados insatisfatórios para
deixar de fazer o que você não quer.
ü Mas não existe linha de chegada. O caminho é teu, sempre é possível ir aperfeiçoando esses comportamentos para seres cada vez melhor numa espiral contínua de desenvolvimento.
Referência: livro “Atomic Habits” do autor James Clear. Editora "Lua de Papel"
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